sábado, 2 de outubro de 2010

Sobre a segurança na Escola de Veterinária

Não é de hoje que a Escola de Veterinária apresenta problemas graves relativo à segurança dentro de seu espaço físico. Sejam violências de ordem moral, assédios, ou mesmo as questões de ordem material. Embora sejam inegáveis as outras formas, por ora vou tratar aqui apenas da última.

Semana passada, o DA enviou um ofício para a diretoria da Escola a fim de alertar e cobrar posicionamento sobre os constantes roubos de carro que tem acontecido. Não só carros, como retroprojetores, data-show, celulares, pneus e outros pedaços de veículos, vários são os itens com histórico de roubo na Escola. As soluções concretizadas por outras Unidades da UFMG parecem ter despertado os olhos da diretoria, que reuniu conosco na última sexta-feira (01/10), onde discutimos as possibilidades e limites de cada proposta.

Embora muita coisa ainda pode acontecer, é fato que a tendência é a Escola de Veterinária ir fechando seus pontos de acesso aos poucos, restringindo e controlando o mesmo. Não entraremos em detalhes até porque ainda não existem detalhes concretos, porém já dá para adiantar que vem por aí: catracas, câmeras, cancelas, cartões, dentre vários dentre tantos itens sofisticados que irá (tentar) resolver esses problemas. Algumas coisas já vão começar desde já, como a criação de uma portaria nas imediações da biblioteca, cuja as obras começam neste mês. Já outras coisas dependem de toda uma estratégia que a Universidade está montando, sobretudo em relação aos estacionamentos e utilização das vias de trânsito dentro campus. Estratégia tal que foi aberta consulta pública, com divulgação inclusive deste DA, mas com poucas opiniões de fato enviadas. Enxergar e apontar um erro podem ser passos importantes, mas é essencial que seja dado o passo a frente, de agir, sobretudo quando nos é dado uma possibilidade viável. Esperar que os outros façam é conferir à eles o poder de decidir por nós, inclusive decisões que nos desagradem num futuro nada distante.

Por fim, colocamos a necessidade de refletir que a violência não é um fenômeno isolado. O que acontece dentro dos limites físico da EV não é algo inerente à ela, é de natureza muito mais complexa. É preciso ficar claro que, por mais necessário que seja, cercar a Escola não resolve o problema, apenas o isola. Ele continuará ali, à margem e na espreita, esperando a próxima oportunidade ou as possíveis fragilidades do sistema. Convidamos à todos os estudantes a empreender essas reflexões de maneira crítica, a fim de mudar de fato esta realidade.

Abraços!

Anexo:

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